Entrepreneurship Workshop for Scientists and Engineers

Written by ICTP-SAIFR on October 18th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, participa da abertura

Por Paulo Velloso

Reunindo alunos de diversos países da América do Sul, iniciou-se nesta segunda-feira, no Câmpus de São Paulo da Unesp, o Entrepreneurship Workshop for Scientists and Engineers – ou Oficina de Empreendedorismo para Cientistas e Engenheiros. Com proposta  organizada pelo braço sul-americano do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP-SAIFR), localizada nas dependências do Instituto de Física Teórica (IFT), a oficina tem por objetivo pavimentar o longo e muitas vezes tortuoso caminho entre a ideia e o mercado. “Durante uma semana vamos trabalhar, de forma intensiva, sobre os métodos e ferramentas que possibilitam que uma tese vire um negócio”, resume o químico Rodrigo Marques, do Instituto de Química da Unesp, câmpus de Araraquara, um dos organizadores do evento.

Vindos da Guatemala, Costa Rica, Argentina e Colômbia, além de um contingente brasileiro, os cerca de 60 participantes serão, depois das noções teóricas iniciais, divididos em grupos multidisciplinares de oito alunos. “Na sexta-feira, finalmente, terão que simular representantes de uma empresa à procura de investidor para a sua ideia, e terão dez minutos para isso”, explica Marques. “Ao final, será premiado o melhor trabalho, como forma saudável de estimular a competitividade”.

Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo –, que palestrou na abertura dos trabalhos, iniciativas como essa são da maior importância. “Discutir desafios e mostrar oportunidades é o caminho correto para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia no Estado de São Paulo”, disse. “O Estado tem evoluído muito, e rapidamente, e existem oportunidades que ainda não foram percebidas”.

Em sua palestra, Brito Cruz destacou ainda a pujança do Programa de Financiamento à Pesquisa em Pequenas Empresas. “Já aprovamos, este ano, mais projetos do que em todos os anos anteriores”, afirmou. “E isso significa oportunidades para os estudantes, para os professores, para os técnicos da Unesp e para as pequenas empresas relacionadas com eles”.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/23958/entrepreneurship-workshop-for-scientists-and-engineers/

Workshop gratuito para professores do ensino médio

Written by ICTP-SAIFR on September 22nd, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Atividades ocorreram dias 17 e 18 de setembro

Por Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

Dias 17 e 18 de setembro, o ICTP-SAIFR (Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental) organizou, no Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, em São Paulo, SP, no bairro da Barra Funda, um workshop Cutting-edge In-class Physics Resources para professores do ensino médio em parceria com o Perimeter Institute (PI) for Theoretical Physics. O workshop foi gratuito e em inglês.

Fotos de Lucas Sanches das atividades disponíveis em
https://www.flickr.com/photos/93319111@N04/sets/72157670776292003

Criado em 1999, o instituto canadense é uma referência internacional em pesquisa no campo da física teórica e mantém vinculo próximo com diversas universidades canadenses, especialmente com a Universidade de Waterloo. O centro também se destaca pela atuação no campo da extensão, com eventos que focam educação e promovam a aproximação de temas da Física com o público leigo

“Somos um instituto que faz pesquisa, mas temos este forte componente de divulgação científica que foge um pouco do perfil típico de um centro de pesquisa. Organizamos muitas palestras cientificas para o público leigo e desenvolvemos diversos materiais didáticos relacionados à Física”, explica Greg Dick, Director of Educational Outreach do PI. “Já atingimos 5 milhões de alunos e 15 mil professores”. Mais informações sobre o Instituto em: https://www.perimeterinstitute.ca/

“Foi uma ótima experiência com os professores de ensino médio brasileiros, que trouxeram relevantes questões e participaram ativamente das propostas durante todo o final de semana”, apontou Glenn Wagner, que ministrou atividades durante o evento.

Participaram do curso no IFT 42 professores de ensino médio das redes pública e privada. “Foi uma excelente experiência para discutir questões atuais de Física Teórica de modo que possamos levar para as nossas salas de aula”, comentou Danilo Claro Zanardi, professor de Física do Colégio Dante Alighieri. “Muito do que estamos disctindo aui vamos levar para as nossas aulas”, acrescentou Elizabeth Zaki, professora do Colégio Santa Cruz. “É uma importante oportunidade de atualizarmos nosso conhecimentos e ações didáticas”, diz Miriam S. Rosenfeld, da Escola Estadual Maria José.

“Os materiais utilizados são disponibilziados gratuitamente na internet, inclusive com a possibilidade de serem editados pelos professores. Um de nossos próximos objetivos é realizar a traduação para a língua portuguesa. Também queremos repetir este tipo de ação no próximo ano”, informou Nathan Berkovits, que integra o ICTP-SAIFR e o IFT – Unesp.

Veja abaixo o programa que foi enfocado:

Descrição
Perimeter resources bring challenging modern physics concepts – including wave-particle duality, dark matter, astronomy, and particle physics – to life using a mix of hands-on activities, rich video, and other creative approaches. You will each get the full suite of classroom-ready, modifiable resources that have been correlated with the Science Standards of São Paulo State, for you to share with your students for free.

DAY 1
Registration
10am Classical & Modern Physics (Dark Matter)
1:00pm Lunch
2:30pm Quantum (Wave-Particle Duality). Hands-On Exploration & Lab
5:00pm Plank’s Constant Lab. Questions and Discussion
5:30pm Participants depart

DAY 2
10am Process of Science & Exploration of Models. Cosmology
1:00pm Lunch
2:30pm PI Engagement
3:00pm Black Holes & What’s Next? Particle Physics. What’s new in Physics.
5:15pm Final Questions
5:30pm Thank you and departure

Mais informações: secretary@ictp-saifr.org

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/23525/workshop-gratuito-para-professores-do-ensino-medio/

Atividades inauguram parceria com instituto canadense de física

Written by ICTP-SAIFR on July 27th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Cooperação com o Perimeter Institute envolve Mestrado conjunto, extensão e mobilidade

Por Marcos Jorge – Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

O braço Sul-Americano do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP-SAIFR) reuniu entre os dias 18 e 23 de julho noventa dos melhores estudantes de Física do continente para a primeira edição do IFT-Perimeter-SAIFR Journeys into Theoretical Physics. O curso foi uma espécie de inauguração da parceria estabelecida entre o ICTP-SAIFR, localizado no Instituto de Física Teórica da Unesp, e o Perimeter Institute, do Canadá.

Criado em 1999, o instituto canadense é uma referência internacional em pesquisa no campo da física teórica e mantém vinculo próximo com diversas universidades canadenses, especialmente com a Universidade de Waterloo. O centro também se destaca pela atuação no campo da extensão, com eventos que focam educação e promovam a aproximação de temas da Física com o público leigo.

“Somos um instituto que faz pesquisa, mas temos este forte componente de divulgação científica que foge um pouco do perfil típico de um centro de pesquisa. Organizamos muitas palestras cientificas para o público leigo e desenvolvemos diversos materiais didáticos relacionados à Física”, explica Pedro Gil Vieria, professor português ligado ao Perimeter Institute que em 2015 foi ganhador da Medalha de Gribov, do European Physical Society, por sua pesquisa em teoria quântica de campos. Ele e seu colega Freddy Cachazo estiveram no IFT para lecionar palestras na programação do curso.

“Queremos repetir essa escola no IFT todos os anos. Faremos uma fotografia de cada uma das turmas e, daqui a alguns anos, quando esses físicos estiverem espalhados por universidades pelo mundo, eles terão esta foto como uma espécie de elo”, idealiza.

Voltado exclusivamente para alunos de graduação, o Journeys into Theoretical Physics foi amplamente divulgado entre os cursos de Física das universidades da América Latina e seu principal objetivo foi recrutar os melhores estudantes da região. Ao final da semana de aulas, os estudantes realizaram um teste de avaliação cujo resultado será divulgado no início de Agosto. Os cinco melhores estudantes, além de prêmios em dinheiro, ganharão uma bolsa de estudos de dois anos para um mestrado em conjunto entre o IFT e o Perimeter Institute.

O programa de mestrado gratuito inclui seis meses de cursos introdutórios no IFT e mais dois semestres no Canadá, onde os cinco selecionados estarão matriculados em um programa intensivo específico para alunos estrangeiros totalmente desenvolvido pelo Perimeter Institute. Nos últimos seis meses, os estudantes poderão optar por retornar ao IFT para consolidar as atividades realizadas no Canadá em um projeto de pesquisa maduro.

Extensão
Pedro Vieira ficará em São Paulo ainda alguns meses para desenvolver outras atividades relacionadas à parceria, desta vez mais voltadas à extensão. Durante todos os sábados do mês de Setembro, por exemplo, o professor irá ministrar um curso para alunos do ensino médio que cobrirá tópicos de física teórica, de relatividade restrita à mecânica quântica, gravitação, além de tópicos de pesquisa atuais, como a teoria das cordas.

Ainda em Setembro, Pedro ministrará algumas aulas no curso gratuito Cutting-edge In-class Physics Resources, que é direcionado para professores do ensino médio e tratará temas atuais da física teórica com uma abordagem criativa e com o uso de recursos modernos. O instituto canadense também disponibilizará o material didático. O curso será realizado em inglês e o conteúdo pode ser visto na página do ICTP-SAIFR na Internet. No mesmo mês, o português fará uma das palestra que compõem o programa Papos de Física, evento organizado pelo IFT cuja proposta é discutir as mais recentes descobertas científicas nda Física em um clima informal.

“Outro elemento desta parceria entre IFT e o Perimeter Institute é a troca científica entre pesquisadores. Nós já tivemos dois postdoc de cada um dos institutos trabalhando juntos e acredito que essa parceria deve render a publicação de um artigo nos próximos meses”, lembra Pedro.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/22785/atividades-inauguram-parceria-com-instituto-canadense-de-fisica/

Alunos da América Latina se reúnem em curso sobre matéria escura

Written by ICTP-SAIFR on July 18th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

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Mais de 80 alunos de pós-graduação de 17 países participaram do curso na Unesp

Por Marcos Jorge – Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

O Instituto de Física Teórica (IFT) recebeu entre os dias 27 de junho e 8 de julho a primeira Escola sobre Matéria Escura, que reuniu mais de 80 estudantes de pós-graduação de 17 países – a maioria deles da América Latina. A proposta do curso foi organizada pelo braço sul-americano do Centro Internacional de Física Teórica (ICTP-SAIFR), que está localizado nas dependências do IFT e tem como objetivo promover o estudo da física teórica na região.

O curso foi direcionado a pós-graduandos e seu conteúdo procurou contemplar as diferentes áreas que envolvem o estudo da matéria escura, bem como proposição de exercícios práticos e sessões de discussão para esclarecimento de dúvidas. Dois dos organizadores da Escola são pesquisadores do IFT: os professores Eduardo Pontón Bayona e Fabio Iocco. Além deles, os pesquisadores Gianfranco Bertone (Universidade de Amsterdã, na Holanda,) e Graciela Gelmini (Universidade da Califórnia em Los Angeles, Estados Unidos) também colaboraram remotamente na elaboração da programação e na seleção dos palestrantes brasileiros e estrangeiros.

Os organizadores argumentam que uma das motivações para organizar o curso de curta duração é o aumento nos últimos anos do número de estudantes interessados em estudar a matéria escura. “Às vezes o estudante não encontra alguém que trabalhe esse assunto na sua instituição e acaba perdendo a oportunidade de se aprimorar na área. A proposta do curso foi oferecer um conteúdo amplo para que o aluno tenha uma visão geral do assunto. A reunião de alunos estrangeiros também promove o diálogo com os colegas e pode ajudar na formação de uma comunidade no tema”, explica Pontón.

O pesquisador do IFT explica que o estudo da matéria escura abrange diversas áreas da Física, como cosmologia, física de partículas ou astrofísica. “Foi muito importante para nós organizadores encontrarmos pessoas que não fossem apenas pesquisadores qualificados, mas reconhecidamente bons professores em suas respectivas áreas”, explica Pontón, ele mesmo especialista em física de partículas.

Um desses professores é Pasquale Serpico, professor do LAPTh, a unidade de física teórica do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, que discutiu em sua palestra as evidências cosmológicas e astrofísicas para detecção da matéria escura. O italiano começou de fato a estudar o tema durante um pós-doc nos Estados Unidos. “O que me interessou foi justamente esse aspecto multidisciplinar de combinar conhecimentos de temas puramente astrofísicos com fundamentos da física de partículas”.

Serpico acredita que a matéria escura vem se tornando um tópico popular na comunidade científica muito por conta do desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas em laboratórios como o Fermilab (laboratório de física de partículas de altas energias localizado nos EUA) ou de detecção direta subterrâneas. Segundo o pesquisador italiano, tais tecnologias atingiram tamanho nível de sensibilidade que permitem explorar novos elementos do espaço. “Atualmente estamos em um ponto em que mesmo quando um experimento não detecta algo, isso já é uma informação importante”, argumenta.

Outro organizador residente no IFT, Fabio Iocco acrescenta ainda que desde os anos 30 existe a noção de que falta matéria visível nos aglomerados de galáxias, porém foi apenas nas últimas décadas que se formou um consenso na comunidade científica mundial que essa matéria escura deveria estar fora do Modelo Padrão da física de partículas. “É neste momento que a matéria escura deixa de ser um problema unicamente da astrofísica para envolver também a comunidade de cientistas de física de partículas. Houve então uma grande inércia para estudar o tema e a injeção de recursos financeiros a partir mais ou menos dos anos 2000”, explica o astrofísico, que em 2015 publicou um artigo de grande repercussão na revista Nature Physics, em que comprova pela primeira vez a presença de matéria escura entre o Sol e o centro da Via Láctea.

Além dos pesquisadores Fabio Iocco e Eduardo Pontón, a equipe que se dedica ao estudo da matéria escura inclui também o professor Rogério Rosenfeld, que investiga cosmologia e a fenomenologia de partículas, além de integrar o Dark Energy Survey, um projeto internacional que estuda a dinâmica da expansão do universo.

A Escola recebeu no total 84 alunos, sendo 70 deles oriundos de instituições da América Latina. Os chilenos Felipe Rojas e Bastian Dias são estudantes ligados à Universidade Técnica Federico Santa Maria, na cidade de Valparaiso, e destacaram a capacidade do curso em cobrir os principais temas da matéria escura. “O aluno que estiver começando seus estudos no assunto teve um cenário geral bastante bom, e quem já tem alguma experiência pode afinar detalhes da pesquisa”, explica Rojas, que abordou a matéria escura em seu doutorado. “O curso também oferece a oportunidade de discutir o tema de pesquisa com outros colegas e fazer boas conexões”, aponta.

Estella Barbosa de Souza é brasileira, mas está fazendo seu doutorado na Yale University, nos Estados Unidos. Seu interesse pela matéria escura começou ainda na graduação – também realizada nos EUA -, o que a motivou a se aprofundar no tema para o doutorado. “A primeira semana de aulas tem sido mais teórica do que eu estou acostumada, uma vez que minha área de estudo é mais experimental. Ainda assim os professores tem sido ótimos na forma como transmitem o conteúdo”, explica a aluna que está envolvida em um projeto chamado DM Ice, que se dedica a detecção subterrânea de matéria escura em experimentos realizadas na Antarctica.

Gênero e Física Teórica
Entre palestras e exercícios sobre matéria escura, um tema se destacou da programação da Escola: uma discussão sobre Física e Gênero na América do Sul. A proposta de debater a representatividade masculina e feminina no campo ocupou quase duas horas do cronograma da terça-feira, dia 5, e partiu de uma iniciativa das professoras e dos organizadores do curso.

“A motivação desse debate foi chamar a atenção para questões que as mulheres enfrentam no estudo da Física na América do Sul e em outras partes do mundo”, explica a professora Nassim Borzognia, da Universidade de Amsterdã, que conduziu os debates ao lado das colegas Francesca Calore, também professora da instituição holandesa, Manuela Vecchi, do Instituto de Física de São Carlos (USP), e Nayara Fonseca, do Instituto de Física da USP, em São Paulo.

“Estávamos interessadas especialmente em ouvir as experiências dos estudantes em relação a tratamentos desiguais durante seus estudos e discutir, em um ambiente aberto, alguns dos preconceitos conscientes e inconscientes que as alunas enfrentam”, aponta. Durante o encontro foram apresentaram dados sobre a proporção de homens e mulheres no curso e convidaram as pessoas presentes na audiência a comparar com a proporção em suas respectivas instituições.

De forma geral, os alunos de diferentes países apontaram um predomínio masculino nos programas de Física Teórica, seja entre os estudantes ou no corpo discente. Os depoimentos levantaram questionamentos sobre, por exemplo, o motivo e o momento em que as mulheres se desinteressam pelo estuda da Física.

“Este não é uma discussão que nós costumamos ver nas escolas de Física e me surpreendeu de forma positiva ver este tipo de debate aqui”, afirmou Manoela Saez, doutoranda em Astronomia da Universidade Nacional de la Plata, na Argentina. “O que eu noto na Argentina é que também existem mais homens que mulheres estudando Física. Apenas o curso de Astronomia é mais equilibrado”.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/22666/alunos-da-america-latina-se-reunem-em-curso-sobre-materia-escura/

Veja também a versão digital do Jornal da Unesp: http://www.unesp.br/jornal

Astronomia de ondas gravitacionais

Written by ICTP-SAIFR on July 18th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

O amanhecer de uma nova ciência

Por Agência FAPESP

Astronomia de ondas gravitacionais: O amanhecer de uma nova ciência’ será o tema do Papos de Física do Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR) no dia 4 de agosto de 2016.

O seminário será ministrado pelo professor Riccardo Sturani, do Instituto de Física Teórica da Unesp e do ICTP-SAIFR.

Entre setembro de 2015 e janeiro de 2016, o observatório LIGO efetuou duas detecções de ondas gravitacionais produzidas pela fusão de dois buracos negros.

“Ondulações no espaço-tempo, essas ondas viajam à velocidade da luz e trazem importantes informações sobre as fontes que causaram essa emissão. Marco histórico na física e astronomia, essa descoberta confirmou uma predição da teoria da relatividade geral de Einstein e deu início a um novo campo de pesquisa, a astronomia gravitacional”, disse Sturani, que é membro da LIGO Scientific Collaboration.

A palestra será no Laundry Deluxe, rua da Consolação, 2.937, Cerqueira César, São Paulo.

Evento de divulgação científica idealizado pelo ICTP-SAIFR, a série Papos de Física é uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre assuntos instigantes e as mais recentes descobertas científicas na área de Física. Com conteúdo acessível ao público, os seminários proporcionam debates instigantes sobre tópicos de física com quem faz física.

Os próximos temas serão “Somos um Holograma?” (01/09) e “O átomo do átomo” (06/10). Em 6 novembro, haverá uma edição especial, com David Gross, Nobel de Física de 2004.

ICTP-SAIFR tem apoio da FAPESP.

Mais informações: www.ictp-saifr.org/papos16.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/22650/astronomia-de-ondas-gravitacionais/

Físicos descobrem vibrações inesperadas em nanomaterial

Written by ICTP-SAIFR on July 15th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Pós-doc no Instituto de Física Teórica da Unesp participa da pesquisa

Por Igor Zolnerkevic | Revista Pesquisa FAPESP

Um grupo de físicos brasileiros observou pela primeira vez em detalhe como os átomos vibram nas bordas de um material de dimensões nanométricas feito exclusivamente a partir do elemento químico fósforo. Conhecido como fósforo negro, esse material não é encontrado na natureza. Foi sintetizado pela primeira vez em 1914, mas suas propriedades com potencial aplicação em nanotecnologia só começaram a ser descobertas um século mais tarde.

Em um estudo publicado nesta quinta (14/7) na revista Nature Communications, a equipe coordenada pelo físico brasileiro Christiano de Matos descreve uma anomalia no padrão de vibrações que jamais havia sido observada em blocos tão diminutos de fósforo negro nem em outros materiais com dimensões nanométricas, como o grafeno, formado por uma só camada de átomos de carbono e uma das grandes promessas da nanotecnologia. “As bordas do grafeno apresentam algumas propriedades peculiares, mas as vibrações atômicas são iguais às do restante do cristal”, conta Matos, físico do Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias (MackGraphe) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Observamos algo novo no fósforo negro.”

Segundo o pesquisador, por ora é difícil dizer se essas alterações na vibração podem ajudar ou atrapalhar o design de um dispositivo nanotecnológico, como um transistor ou um sensor de luz. “O que se torna claro”, diz, “é que o projeto de qualquer dispositivo terá de levar essas vibrações de borda em consideração.”

Na escala dos objetos medidos em milionésimos de milímetros (nanômetros), as vibrações atômicas estão estreitamente relacionadas a várias propriedades dos materiais, em especial, à dissipação de calor. “São as vibrações que carregam o calor de um lado para outro do material”, explica o físico.

Desde que as primeiras propriedades com potencial uso em nanotecnologia do fósforo negro começaram a ser identificadas, em 2014, o interesse dos pesquisadores de diversas áreas por esse material vem crescendo. Chamam a atenção a sua capacidade de conduzir eletricidade e, principalmente, a de emitir e absorver luz em vários comprimentos de onda, propriedade que varia segundo a espessura do cristal de fósforo negro. São essas propriedades que, de acordo com especialistas, podem tornar o seu uso mais vantajoso do que o do grafeno em nanofotônica.

Em termos estruturais, o fósforo negro é semelhante à grafite, o mesmo material usado em lápis. Tanto um quanto outro são formados por folhas de apenas um átomo de espessura empilhadas umas sobre as outras – as camadas monoatômicas de fósforo são chamadas de fosforeno, e as de carbono recebem o nome de grafeno.

Mas as propriedades especiais desses materiais aparecem sob condições distintas. A alta resistência mecânica e a boa capacidade de conduzir calor ou eletricidade do carbono aparecem principalmente quando este elemento químico está disposto em uma folha de um só átomo de espessura – ou seja, encontra-se na forma de grafeno. Já com o fósforo negro é diferente. Suas propriedades se tornam evidentes à medida que os pesquisadores esfoliam o material e chegam a uma dezena (ou até menos) de camadas empilhadas. Essa característica pode permitir controlar mais facilmente as propriedades do material simplesmente adicionando ou eliminando camadas.

Em experimentos conduzidos no MackGraphe, o estudante de doutorado Henrique Ribeiro, orientado por Matos e pelos físicos Marcos Pimenta, da Universidade Federal de Minas Gerais, e Eunézio Antônio de Souza (Thoróh), do MackGraphe, fez feixes de laser incidirem sobre amostras de fósforo negro compostas de diferentes números de camadas atômicas, com espessura variando de 6 a 300 nanômetros. Parte dessa luz é absorvida e parte é espalhada pelos átomos do material. A luz absorvida fornece energia para os átomos vibrarem, alterando as propriedades – em especial, a frequência e a polarização – da luz espalhada.

Em seguida, os pesquisadores compararam as medições feitas no experimento com os resultados de simulações feitas pelo físico Cesar Pérez Villegas, que faz estágio de pós-doutorado sob a supervisão de Alexandre Rocha no Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo. Da comparação, os físicos deduziram como os átomos vibravam ao receber o laser e concluíram que, nas bordas do fósforo negro, os átomos oscilavam de maneira específica, distinta daquela dos átomos do restante do material. Essas vibrações de borda apareceram em todas as amostras, independentemente de sua espessura.

Experimentos semelhantes ao feito agora com o fósforo negro já haviam sido realizados com o grafeno e mostrado que, embora seus átomos vibrem da mesma maneira tanto na borda como em seu interior, a luz espalhada nas bordas deste material pode apresentar frequência diferente da espalhada por seu miolo. A vibração dos átomos viaja pelo material na forma de ondas. No grafeno, a borda funciona como um espelho em que a onda bate e volta refletida. É essa reflexão que modifica a frequência da luz espalhada. Já no fósforo negro, a vibração diferente é explicada por um leve deslocamento dos átomos na borda das camadas de fosforeno. “No fosforeno, os átomos da borda têm uma posição de equilíbrio diferente da dos átomos do meio do material”, conta Matos. “Isso os faz vibrar de modo distinto.”

As pesquisas tiveram apoio da FAPESP por meio dos projetos Grafeno: fotônica e optoeletrônica; Efeitos plasmônicos e não-lineares em grafeno acoplado a guias de onda ópticos; e ICTP Instituto Sul-americano para Pesquisa Fundamental: um centro regional para física teórica.

O artigo Edge phonons in black phosphorus, assinado por Ribeiro, H. B. et al. e publicado na Nature Communications de 14 julho 2016 está acessível no endereço www.nature.com/ncomms/2016/160714/ncomms12191/abs/ncomms12191.html

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/22629/fisicos-descobrem-vibracoes-inesperadas-em-nanomaterial/

Ondas gravitacionais detectadas em outro par de buracos negros

Written by ICTP-SAIFR on June 15th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Pesquisadores no Brasil contribuem para a descoberta

Por Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

No dia 26 de dezembro de 2015, à 01:38:53, horário de Brasília, cientistas observaram ondas gravitacionais, ondulações no espaço tempo, pela segunda vez.

As ondas gravitacionais foram detectadas simultaneamente nos Observatórios para detecção de Ondas Gravitacionais por Interferometria Laser (sigla LIGO em inglês), localizados em Livingston, Estado da Louisiana, e Hanford, em Washington, nos EUA.

Os observatórios LIGO são financiados pela Fundação Nacional da Ciência (sigla NSF em inglês) e foram pensados, construídos e são operados pelo Caltech and MIT. A descoberta, aceita para publicação na revista científica Physical Review Letters, foi efetuada pela Colaboração Científica LIGO, que inclui a colaboração GEO e o Australian Consortium for Interferometric Gravitational Astronomy, e a colaboração Virgo usando dados dos dois detectores LIGO.

Ondas Gravitacionais carregam informações sobre suas próprias origens e sobre a natureza da gravidade que não poderiam ser obtidas de outra maneira. Físicos concluíram que essas ondas gravitacionais foram produzidas durante os últimos instantes da fusão de dois buracos negros – de massa respectivamente 14 e 8 vezes o nosso Sol – que produziram um buraco negro único e mais  massivo, com massa 21 vezes maior do que a do Sol.

“É importante notar que esses buracos negros são muito menos massivos que aqueles observados na primeira detecção”, falou Gabriela Gonzalez, a porta-voz da Colaboração Científica LIGO (sigla LSC em inglês) e professora de física e astronomia da Universidade do Estado da Lousiana. “Graças a suas massas menores, quando comparadas com aquelas da primeira detecção, eles passaram mais tempo – cerca de um segundo – na banda sensível dos detectores. É um início promissor no mapeamento das populações de buracos negros de nosso Universo”.

Durante a fusão, que ocorreu há aproximadamente 1.4 bilhões de anos, uma quantidade de energia equivalente mais o menos à massa do Sol foi convertida em ondas gravitacionais. O sinal detectado foi originado das ultimas 27 órbitas dos buracos negros antes da colisão. A partir do tempo de chegada dos sinais – o detector do Livingston mediu as ondas 1.1 milissegundos antes do detector de Hanford — a posição da fonte no céu pôde ser aproximadamente determinada.

“Em um futuro próximo, Virgo, o interferômetro Europeu, se juntará à rede de detectores de ondas gravitacionais e irá melhorar nossa contribuição para a astronomia de múltiplos  mensageiros,” disse Fulvio Ricci, porta-voz da Colaboração Virgo. “Os três interferômetros juntos permitirão uma localização muito melhor dos sinais no céu”.

A primeira detecção das ondas gravitacionais, anunciada no dia 11 de fevereiro de 2016, foi um marco histórico na física e na astronomia; confirmou uma importante predição da teoria da Relatividade Geral de Einstein (1915) e foi o marco inicial para o novo campo de pesquisa em astronomia gravitacional.

A segunda detecção “legitimou o ‘O’ para Observatório em LIGO”, disse Albert Lazzarini (Caltech), diretor dos laboratórios do LIGO. “Com a detecção de dois eventos de impacto nos primeiros quatro meses de coleta de dados, podemos começar a fazer predições sobre quantas vezes poderemos escutar ondas gravitacionais no futuro. LIGO está nos levando  para um novo modo de observar alguns dos eventos mais escuros e mais energéticos em nosso universo”.

“Estamos começando a ter uma ideia do tipo de informações astrofísicas que só podem vir de detectores de ondas gravitacionais”, falou o diretor do MIT, David Shoemaker, que dirigiu o programa de construção dos detectores avançados LIGO.

Ambas as descobertas foram possíveis graças às capacidades avançadas do Advanced LIGO, cujas melhorias significativas aumentaram a sensibilidade dos instrumentos em comparação à primeira geração dos detectores LIGO, o que permitiu um aumento significativo no volume do universo observado.

“Com o advento do Advanced LIGO, já esperávamos que os pesquisadores eventualmente detectassem fenômenos inesperados, mas essas duas detecções ultrapassaram nossas expectativas”, falou o diretor do NSF France, A. Córdova. “Este investimento de  40 anos da NSF nesta pesquisa básica já está fornecendo novas informações sobre a natureza do universo escuro”.

A próxima coleta de dados do Advanced LIGO começará nos últimos meses de 2016. Até lá melhorias adicionais na sensibilidade dos detectores são esperadas, o que permitirá ao LIGO  atingir de 1.5 até 2 vezes mais volume do universo do que atualmente. Espera-se que o detector Virgo possa coletar dados juntos com os LIGOs na segunda metade da próxima coleta de dados.

A pesquisa do LIGO é efetuada pela Colaboração Científica LIGO (sigla LSC em inglês), um grupo de mais de 1 mil cientistas de Universidades dos Estados Unidos e  de mais 14 países, entre eles o Brasil. Mais de 90 universidades e instituições de pesquisa no mundo desenvolvem tecnologia de detecção e análise de dados; aproximadamente 250 estudantes são membros importantes da colaboração. A rede de detectores do LSC incluem os interferômetros LIGO e o detector GEO600.

A pesquisa de Virgo é efetuada pela Colaboração Virgo, composta por mais de 250 físicos e engenheiros que pertencem a 19 grupos europeus diferentes: seis do Centro National da Pesquisa Científica (sigla CNRS em francês) na França; oito do Instituto Nacional de Física Nuclear (sigla INFN em itáliano) na Itália; dois na Holanda com o Nikhef, o Wigner RCP na Hungria; o grupo POLGRAW na Polônia e o Observatório Gravitacional Europeu (sigla EGO em inglês), o laboratório que sedia o detector Virgo perto de Pisa, na Itália.

O NSF lidera o financiamento para o Advanced LIGO. Organizações financiadoras na Alemanha (Max Placnk Society), no Reino Unido (Science and Technology Facilities Council, STFC) e  Austrália (Australian Research Council) também deram contribuições significativas ao  projeto.

Várias tecnologias chave que permitiram maior sensibilidade ao Advanced LIGO  foram desenvolvidas e testadas pela colaboração Anglo-Alemã GEO. Recurso computacionais importantes foram disponibilizados pelo cluster de computadores Atlas do AEI de Hannover, o laboratório do LIGO, a Universidade de Syracuse, o cluster ARCCA da Universidade de Cardiff,  a Universidade de Winsconsin-Milwaukee, e pelo Open Science Grid do qual a UNESP faz parte. Várias Universidades desenharam, construíram e testaram componentes chaves e técnicas para o Advanced LIGO: a Australian National University, a Universidade de Adelaide, a Universidade do Western Australia, a Universidade da Florida, Stanford University, Columbia University na cidade de New York, e a Louisiana State University. O grupo GEO inclui cientistas do Max Planck Institute for Gravitational Physics (Albert Einstein Institute, AEI), Leibniz Universität Hannover, em parceria com a Universidade de Glasgow, Cardiff University, a Universidade de Birmingham, outras universidades no Reino Unido e na Alemanha, e a Universidade das Ilhas Baleares na Espanha. 

Pesquisadores no Brasil contribuindo para a descoberta

Existem dois grupos no Brasil, ambos no Estado de São Paulo, que participam oficialmente da LSC. O primeiro deles está na Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e conta com seis membros. O outro grupo está no ICTP (Instituto de Pesquisa Básica da América do Sul), filiado ao Centro Internacional de Física Teórica (sigla ICTP-SAIFR em inglês), localizado no IFT/UNESP, na cidade de São Paulo.

O grupo do INPE, dirigido por Odylio Aguilar, trabalha no aperfeiçoamento da instrumentação de isolamento vibracional do LIGO, na sua futura operação com espelhos resfriados e na caracterização dos detectores, buscando determinar suas fontes de ruído.

Já  o grupo do ICTP-SAIFR/IFT-UNESP, dirigido por Riccardo Sturani, trabalha na modelagem e análise dos dados de sinais de sistemas estelares binários coalescentes, como os dois eventos detectados até agora. A modelagem é particularmente importante porque as ondas gravitacionais interagem fracamente com a matéria, tornando necessário, além de detectores de alto desempenho, técnicas de análises eficazes e uma modelagem teórica precisa dos sinais.

Links para scientific papers
https://dcc.ligo.org/LIGO-P1600088/public
http://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/PhysRevLett.116.241103

Contatos locais
Riccardo Sturani
+55 11 3393 78 50
sturani@ift.unesp.br

Odylio Aguiar
+55 12 3208 7213
odylio.aguiar@inpe.br

Contatos internacionais:

MIT
Kimberly Allen
Director of Media Relations
Deputy Director, MIT News Office
617-253-2702 (office)
617-852-6094 (cell)
allenkc@mit.edu

 

Caltech
Whitney Clavin
Senior Content and Media Strategist
626-390-9601 (cell)
wclavin@caltech.edu

 

NSF
Ivy Kupec
Media Officer
703-292-8796 (Office)
703-225-8216 (Cell)
ikupec@nsf.gov

 

LIGO Scientific Collaboration
Mimi LaValle
External Relations Manager
Louisiana State University
225-439-5633 (Cell)
http://mlavall@lsu.edu

Virgo
Fulvio Ricci
Roma +39 06 49914261 (Office)
Cascina +39 050 752 345 (Office)
+39 348 3187354 (Cell)
fulvio.ricci@roma1.infn.it

GEO

Susanne Milde
Phone +49 331 583 93 55
Mobile: +49 172 3931349
milde@mildemarketing.de

UK Science and Technology Facilities Council

Terry O’Connor
+44 1793 442006
+44 77 68 00 61 84 (Cell)
terry.o’connor@stfc.ac.uk

Max Planck Institute for Gravitational Physics Hannover
Benjamin Knispel
Press Officer
+49 511 762 19104
benjamin.knispel@aei.mpg.de

 

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/22291/ondas-gravitacionais-detectadas-em-outro-par-de-buracos-negros/

Colaboração com britânicos amplia estudo sobre matéria escura

Written by ICTP-SAIFR on May 16th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

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Projeto desenvolvido com Imperial College London foi aprovado na chamada SPRINT, da Fapesp

Por Marcos Jorge – Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

Unesp e o Imperial College London irão colaborar em um projeto que pretende levantar informações mais precisas sobre a existência de matéria escura na Via Láctea. A proposta foi uma das ganhadoras da chamada SPRINT (São Paulo Researchers in International Collaboration) promovida pela Fapesp cujo objetivo é fomentar colaboração internacional de pesquisadores de São Paulo com parceiros internacionais.

Fabio Iocco é pesquisador no Instituto de Física Teórica e também está vinculado ao ICTP – South American Institute for Fundamental Research, braço regional do prestigiado centro de física teórica localizado em Trieste, na Itália. No início de 2015, por meio de um artigo publicado na revista Nature Physics, Iocco comprovou pela primeira vez a existência de matéria escura em uma região compreendida entre o Sistema Solar e o centro da Via Láctea.

O artigo foi apontado pelo Nature Index como um dos cinco mais importantes produzidos por pesquisadores da Unesp em 2015. A idéia agora é que a proposta aprovada na chamada SPRINT dê continuidade a este trabalho.

“Durante a pesquisa, nós desenvolvemos muitos dados sobre a curva de rotação e sobre a matéria luminosa na galáxia. Esses dados podem ser utilizados também para tentar determinar de forma mais precisa a distribuição de matéria escura na Via Láctea”, afirma o pesquisador que recebe bolsa da Fapesp por meio do programa Jovem Pesquisador em Centros Emergentes.

Para avançar na investigação, Iocco contará com o apoio de Roberto Trotta, pesquisador da Imperial College London que aplicará a estatística bayesiana às informações levantadas pelo pesquisador da Unesp. Basicamente, a estatística bayesiana dá tratamento probabilístico à incerteza sobre quantidades invisíveis. Ela permite ainda que essas incertezas sejam modificadas periodicamente após observações de novos dados ou resultados.

“A importância da estatística bayesiana é que ela permite fazer afirmações probabilísticas de acordo com o nosso grau de confiança em várias explicações sobre o mundo físico”, destaca Trotta.

O pesquisador italiano aponta ainda que este método tem sido bastante aplicado à cosmologia nos últimos anos, uma vez que é mais eficiente do ponto de vista computacional. “Dessa forma, a estatística bayesiana permite aos cientistas a análise de uma imensa quantidade de dados, uma realidade cada vez mais comum na cosmologia”.

Os dois pesquisadores organizaram workshops sobre matéria escura em Madri, na Espanha, no ano passado, onde amadureceram a ideia de estabelecer uma parceria de pesquisa. “Este foi um projeto perfeito porque é prático e vai aportar alguma informação nova. As duas equipes têm excelência mundial em seus respectivos campos e acredito que isso colaborou para a aprovação na chamada SPRINT”, destaca Iocco.

SPRACE e matéria escura
Na mesma chamada SPRINT divulgada pela Fapesp, a Unesp teve outro projeto para investigar a matéria escura aprovado. O Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo (SPRACE), localizado no Núcleo de Computação Científica da universidade, estabeleceu uma parceria com o Imperial College London para obter as primeiras evidências não-cosmológicas dessa “matéria”, caso ela seja formada por partículas subatômicas.

Essas evidências serão procuradas através de colisões de partículas realizadas no maior acelerador do mundo atualmente, o Large Hadron Collider (LHC), da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), localizado na fronteira entre Suíça e França.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/21953/colaboracao-com-britanicos-amplia-estudo-sobre-materia-escura/

Veja no Jornal da Unesp: https://issuu.com/acireitoria/docs/ju323

Evidência da matéria escura entre o Sol e o centro da Galáxia

Written by ICTP-SAIFR on May 6th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Pesquisador da Unesp assina artigo destacado pelo Nature Index

Por Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

O artigo ‘Evidence for dark matter in the inner Milky Way’, publicado na Nature Physics de fevereiro de 2015, foi destacado no Nature Index como um dos cinco mais importantes produzidos por pesquisadores naquele ano da Unesp, instituição que ocupa o segundo lugar no ranking da instituição na América do Sul.
Fabio Iocco, vinculado ao ICTP – South American Institute for Fundamental Research, ao Instituto de Física Teórica da Unesp em São Paulo, SP, e ao Instituto de Física Teórica UAM/CSIC (Madri/Espanha), explica o contexto do artigo e a sua importância: ‘”Os argumentos a favor da existência de uma componente escura de matéria, a chamada matéria escura, emergem em diferentes sistemas astrofísicos a todas as escalas. Isso ocorre também em galáxias espirais, como a nossa própria Galáxia, a Via Láctea, o que é um fato conhecido.”

“No entanto, a matéria escura é normalmente detectada a grandes distância do centro da Galáxia, onde se espera que o seu efeito seja mais significativo. Nas regiões mais internas, presume-se que a quantidade de matéria escura é pequena e que a quantidade total de matéria é dominada pela matéria normal (luminosa). O nosso estudo demonstrou, pela primeira vez e sem deixar margens para dúvidas, a presença de matéria escura na região entre o Sol e o centro da Galáxia, como esperado, independentemente, por modelos teóricos de formação de galáxias. Trata-se de um resultado técnico de grande relevância. Em outras publicações posteriores usamos o mesmo material e técnicas distintas para inferir detalhadamente a distribuição de matéria escura em toda a nossa Galáxia”, conta.Os outros autores do artigo são Miguel Pato, da Technische Universität München, Alemanha, e da Stockholm University (Suécia); e Gianfranco Bertone, da University of Amsterdam (Holanda).

O artigo pode ser acessado em http://www.nature.com/nphys/journal/v11/n3/full/nphys3237.html

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/21824/evidencia-da-materia-escura-entre-o-sol-e-o-centro-da-galaxia/

Unesp discute mudanças no uso da terra e seus impactos no clima

Written by ICTP-SAIFR on March 20th, 2016. Posted in Blog do ICTP-SAIFR

Professora da Faculdade de Ciências de Bauru apresenta o tema em eventos internacionais

Por Assessoria de Comunicação e Imprensa/UNESP

Professora do Departamento de Física da Faculdade de Ciências (FC) da Unesp de Bauru, Marta Pereira Llopart vem representando o Brasil em importantes eventos internacionais sobre mudanças climáticas, enfocando, por exemplo, os elos entre o tema e a biodiversidade.

Entre os projetos de pesquisa dos quais participa, destaca-se ‘Processos de multi-escala que atuam na convecção tropical e a influência de aerossóis’ coordenado pelo Prof. Dr. Tercio Ambrizzi da Universidade de São Paulo e pelo Dr Roberto Mechoso da UCLA-EUA, que foca dois temas fundamentais para a Amazônia, que são sua variabilidade atmosférica e os efeitos dos aerossóis na mesma. Para estudar os dois temas propostos, estão previstos duas formas de análise sobre a região da campanha do GoAmazon: (1) Análise estatística dos dados obtidos dos sitios do GoAmazon (Green Ocean Amazon), programa de pesquisa que tem como objetivo desenvolver as pesquisas relacionadas com a dinâmica da floresta e sua interação com a atmosfera com experimentos e modelos climáticos, em relação as propriedades relevantes para convecção e sua interação com os aerossóis, e (2) Efeitos dos aerossóis em nuvens convectivas e precipitação, incluindo a função dos aerossóis nas mudanças do clima regional e circulação atmosférica para situações de atmosfera poluída e limpa.

Marta também atua na pesquisa sobre os ‘Impactos dos eventos climáticos extremos e das mudanças climáticas na produtividade agrícola da soja no estado do Rio Grande do Sul’ coordenado pelo Dr. Santiago Cuadra da Embrapa. Levando em conta que os impactos ambientais, econômicos e sociais das alterações do clima global são um dos maiores desafios da humanidade, estudos dos impactos das mudanças climáticas sobre a produtividade agrícola têm em geral negligenciado as diferenças entre as escalas espaciais que os modelos de culturas agrícolas são desenvolvidos e a resolução dos modelos climáticos, assim como os impactos de eventos climáticos extremos no rendimento das culturas. Os estudos dessa pesquisa, os quais a docente da FC participa, pretendem avaliar os impactos da mudança do clima sobre a produtividade da soja no estado do rio Grande do Sul através de uma gama mais ampla de metodologias e considerando os efeitos dos eventos extremos.

Uma terceira pesquisa da qual a Prof. Marta também participa é a ‘Downscaling Sazonal para a Região Sudeste do Brasil utilizando Dois Modelos Globais como Forçantes’ coordenada pela Prof. Dra. Michelle Reboita da Univesidade Federal de Itajubá. Atualmente, tanto os governantes quanto a população em geral têm aumentando seus interesses pela previsão do clima sazonal. Tendo em vista que prognósticos mais precisos do clima podem auxiliar os diferentes setores da sociedade a planejarem suas atividades, este projeto tem como objetivo avaliar um conjunto de previsões climáticas sazonais (constituída por trimestres) realizadas com o Regional Climate Model version 4 (RegCM4). A principal ênfase do projeto é a avaliação da qualidade da previsão sazonal regionalizada para a região sudeste do Brasil (RSB). Para isso, o RegCM4 será dirigido por previsões do ano de 2013 de dois modelos de circulação geral da atmosfera: do Climate Forecast System Version 2 (CFSv2) do National Centers for Environmental Prediction (NCEP) e do modelo do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Em parceria com o ICTP (International Centre for Theoretical Physics)/Trieste e ICTP/SAIFR – IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp organizou, em fevereiro último uma Advanced School on Regional Climate Modeling over South America. O curso foi sobre modelagem climática, a ferramenta mais utilizada para a geração de projeções do clima futuro. Maiores detalhes do evento: http://www.ictp-saifr.org/?page_id=9561

Recentemente, Marta teve trabalho sobre mudanças do uso da terra e seus impactos no clima aceito para apresentar de forma oral na “International Conference on Regional Climate (ICRC)-CORDEX 2016” que será realizado em  Estocolomo, Suécia, entre os dias 17 a 20 de maio. Tabem participara em maio do 8th RegCM Workshop que será realizado em Trieste-Italia.

Fonte: http://www.unesp.br/portal#!/noticia/21287/unesp-discute-mudancas-no-uso-da-terra-e-seus-impactos-no-clima/